Quem escolhe trabalhar com adestramento positivo não tem dúvidas sobre o quanto este tipo de metodologia contribui para uma melhor comunicação com os cães, melhora na confiança, melhora do convívio familiar e no bem-estar do animal. Mas será mesmo? Essa dúvida foi o que moveu a pesquisa Does training method matter? Evidence for the negative impact of aversive-based methods on companion dog welfare (O método de treinamento importa? Evidências para o impacto negativo de métodos baseados em aversão no bem-estar de cães de companhia), de Ana Catarina Vieira de Castro, Danielle Fuchs, Gabriela Munhoz Morello, Stefania Pastur, Liliana de Sousa e Anna S. Olsson. A pesquisa da Universidade do Porto é tema deste Drops do Podcast Meu Nome Não É Não.
A pesquisa foi publicada em 16 de dezembro de 2020 pela revista Plos One.
Segundo as autoras, não havia nenhuma pesquisa abrangente, a partir de testes científicos e metodológicos, sobre a relação entre o treinamento de cães de companhia e o bem-estar. A maioria dos estudos baseavam-se na avaliação dos métodos de treinamento e o comportamento dos cães relatados pelos tutores, a partir de questionários. Por isso, elas buscaram realizar uma avaliação adequada dos efeitos dos métodos de treinamento no bem-estar dos cães procurando seus efeitos durante e após o cenário de treinamento, por meio de testes de cortisol, avaliação de linguagem corporal e teste de viés cognitivo. Para adiantar, sim! Existem diferenças, e quanto mais aversivos são usados no treinamento, menor é o bem-estar.
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Apresentação: Naiara Lima
Edição: Guto Leão
Vinheta: Henrique Inglez de Souza